Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Archive for dezembro 2012
Receita de ano novo
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Trecho do livro "Auto da compadecida", página 149
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Trecho do livro "O espelho mágico - um fenômeno social chamado corpo e alma", página 64
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"Enquanto aniquilamos aqueles que são culpados, pioram as relações sociais.
Porque os culpados não são culpados - claro.
Porque culpados são todos - somos todos -, claro.
Mas também somos vítimas - todos.
Ou aprendemos todos a sofrer como vítimas - que somos;
ou seremos todos vítimas termonucleares.
Não sou eu o bom e ele o coitado - ou o f. da p...
Somos os dois coitados
E f. da p..."

Trecho do livro "O espelho mágico - um fenômeno social chamado corpo e alma", página 63
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"[...] Passo imediatamente a implorar ao Deus que me mutila - e a odiá-lo.
Viver estes dois elementos inevitáveis é difícil - senão impossível.
Como viver duas atitudes tão contrárias como a da adoração e a de ódio?"

Trecho do livro "O espelho mágico - um fenômeno social chamado corpo e alma", página 46
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Trecho do livro "O espelho mágico - um fenômeno social chamado corpo e alma", página 38
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Trecho do livro "O espelho mágico - um fenômeno social chamado corpo e alma", página 38
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"NINGUÉM ENTENDE NINGUÉM.
NINGUÉM ENTENDE A SI PRÓPRIO.
NINGUÉM DESEJA ENTENDER-SE.
NINGUÉM QUER SER ENTENDIDO.
NINGUÉM PROCURA ENTENDER-SE
COM OS DEMAIS..."

Trecho do livro "O espelho mágico - um fenômeno social chamado corpo e alma", página 35
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Trecho do livro "O espelho mágico - um fenômeno social chamado corpo e alma", página 30
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"DE QUALQUER MODO, OU VEMOS O QUE A PESSOA SENTE, OU PERCEBEMOS QUE ELA ESTÁ PRETENDENDO ESCONDER. COM ALGUMA PRÁTICA, PERCEBEMOS COM CLAREZA SUA MANEIRA DE ESCONDER AS COISAS - O QUE, AFINAL, É UM MODO DE REVELAR-SE."

Trecho do livro "O espelho mágico - um fenômeno social chamado corpo e alma", página 30
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Trecho do livro "O espelho mágico - um fenômeno social chamado corpo e alma", página 23
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"Todos os espelhos são mágicos. Mostram apenas o que queremos."

Trecho do livro "O espelho mágico - um fenômeno social chamado corpo e alma", página 23
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Trecho do livro "O espelho mágico - um fenômeno social chamado corpo e alma", página 15
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Trecho do livro "O espelho mágico - um fenômeno social chamado corpo e alma", página 15
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Trecho do livro "O espelho mágico - um fenômeno social chamado corpo e alma", pág. 10-11
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Trecho do livro "O lobo da estepe", página 63
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Trecho do livro "O lobo da estepe", pág. 54-55
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Trecho do livro "O lobo da estepe", pág. 53-54
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Trecho do livro "O lobo da estepe", página 51
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Trecho do livro "O lopo da estepe", página 30
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O relógio
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Trecho do livro "O lobo da estepe", pág. 26-27
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"Uma palavra de Haller deu-me a chave dessa compreensão. Disse-me ele, certa vez, quando falávamos a propósito das chamadas crueldades da Idade Média:
- Tais horrores na verdade não existiram. Um homem da Idade Média condenaria totalmente o nosso estilo de vida atual como algo muito mais cruel, terrível e bárbaro. Cada época, cada cultura, cada costume e tradição têm o seu próprio estilo, têm sua delicadeza e sua severidade, suas belezas e crueldades, aceitam certos sofrimentos como naturais, sofrem pacientemente certas desgraças. O verdadeiro sofrimento, o verdadeiro inferno da vida humana reside ali onde se chocam duas culturas ou duas religiões. Um homem de antiguidade, que tivesse de viver na Idade Média, haveria de sentir-se tão afogado quanto um selvagem se sentiria em nossa civilização. Há momentos em que toda uma geração cai entre dois estilos de vida, e toda a evidência, toda a moral, toda a salvação e inocência ficam perdidos para ela. Naturalmente isso não atinge a todos da mesma maneira. uma natureza como a de Nietzsche teve de sofrer a miséria da época atual há mais de uma geração antes da nossa; tudo quanto teve de suportar sozinho e incompreendido, é o mesmo de que hoje padecem milhares de seres humanos."

Trecho do livro "O nome da rosa", página 430
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"Bêncio corou violentamente. 'Eu não sou um assassino!' protestou.
'Ninguém o é, antes de cometer o primeiro crime.', disse filosoficamente Guilherme."

Trecho do livro "O nome da rosa", página 377
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" Mas o unicórnio é uma mentira? É um animal dulcíssimo e altamente simbólico. Imagem de Cristo e da castidade, ele só pode ser capturado pondo uma virgem no bosque, de modo que o animal ao sentir seu cheiro castíssimo vá pousar a cabeça em seu regaço, tornando-se presa dos laços dos caçadores.'
'Assim é dito, Adso. Mas muitas se inclinam a achar que seja uma invenção fabulística dos pagãos.'
'Que deceção', eu disse. 'Gostaria de encontrar um deles atravessando um bosque. De outro modo, que graça tem atravessar um bosque?"

Trecho do livro "O nome da rosa", página 348
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"Tal é a magia dos falares humanos, que por humano acordo significam frequentemente, com sons iguais, coisas diferentes."

Trecho do livro "O nome da rosa", página 295
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"[...] 'A chama consiste numa esplêndida clareza para reluzir e o ígneo ardor para queimar."

Trecho do livro "O nome da rosa", página 285
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"O que é o amor? Não existe nada no mundo, nem homem, nem diabo, nem qualquer coisa, que eu considere tão suspeito como o amor, pois este penetra mais a alma que outra coisa qualquer. Não há nada que ocupe tanto e amarre o coração como o amor. Por isso, a menos que não tenha as almas que a governam, a alma cai, pelo amor, numa imensa ruína."
