Archive for fevereiro 2013

Trecho do livro "A hora da estrela", página 50

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"[...] Que quer dizer cultura?
- Cultura é cultura, continuou ele emburrado. Você também vive me encostando na parede.
- É que muita coisa eu não entendo bem. O que quer dizer 'renda per capita'?
- Ora, é fácil, é coisa de médico.
- O que quer dizer rua Conde de Bonfim? O que é conde? É príncipe?
- Conde é conde, ora essa. Eu não preciso de hora certa porque tenho relógio."
(Clarice Lispector)

Trecho do livro "A hora da estrela", página 42

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"- que os mortos me ajudem a suportar o quase insuportável, já que de nada me valem os vivos."

(Clarice Lispector)

Trecho do livro "A hora da estrela", página 29

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"[...] Assim como ninguém lhe ensinaria um dia a morrer: na certa morreria um dia como se antes tivesse estudado de cor a representação do papel de estrela. Pois na hora da morte a pessoa se torna brilhante estrela de cinema, é o instante de glória  de cada um e é quando como no canto coral se ouvem agudos sibilantes."
(Clarice Lispector)

Trecho do livro "A hora da estrela", página 21

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"Escrevo por não ter nada fazer no mundo: sobrei e não há lugar para  mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ver e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias. Mas preparado estou para sair discretamente pela saída da porta dos fundos. Experimentei quase tudo, inclusive a paixão e o seu desespero. E agora só quereria ter o que eu tivesse tido e não fui."
(Clarice Lispector)

Trecho do livro "A hora da estrela", página 20

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"[...] E quero aceitar minha liberdade sem pensar o que muitos acham: que existir é coisa de doido, caso de loucura. Porque parece. Existir não é lógico."
(Clarice Lispector)

Trecho do livro "A hora da estrela", página 16

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"[...]Apaixonei-me subitamente por fatos sem literatura - fatos são pedras duras e agir está me interessando mais do que pensar, de fatos não há como fugir."

(Clarice Lispector)