Archive for outubro 2012

Trecho do livro "Le tour du monde en 80 jours", page 42


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"- Monsieur le consul, répondit dogmatiquemente l'inspecteur de police, les grands voleurs ressemblent toujours à d'honnêtes gens. Vous comprenez bien que ceux qui ont des figures des coquins n'ont qu'un parti à prendre, c'est de rester probes, sans cela ils se feraient arrêter. Les physionomies honnêtes, ce sont celles-là qu'il faut dévisager surtout. Travail difficile, j'en conviens, et qui n'est plus de métier, mais de l'art."

(Jules Verne)


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Um pouco de nostalgia não faz mal à ninguém


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Alguns poucos anos atrás - que por sinal parecem muito distantes - eu costumava ter um gosto musical, digamos... Unilateral. Em outras palavras, as bandas que eu gostava e costumava ouvir pertenciam à mesma cena, tinham referências parecidas e/ou seguiam uma mesma linhagem. A maior parte delas hoje eu nem escuto mais ou faço-o raramente. Eis alguns exemplos: Simple Plan, My Chemical Romance, Fall out boy, Yellowcard, Panic at the disco, The Used, fora as nacionais.

Algumas semanas atrás tive o ímpeto de escutar algumas músicas do Panic at the disco. Todo aquele clima de carabet desencadeou um sentimento nostálgico associado à uma vontade de relembrar outras coisas que fizeram parte da minha na mesma época. Não me lembro exatamente como, mas acabei chegando no My chemical romance e consequentemente no meu antigo amor platônico: Frank Anthony Iero.

Desde quando eu comecei a gostar de MCR eu criei uma admiração inexplicável pelo Frank.Ele e a sua guitarra Pansy eram uma dupla que me levavam à loucura facilmente. E aquele piercing dele no lábio inferior? Seduzia-me horrores sempre! E as tatuagens (principalmente a santa no anti-braço)? Simplesmente lindíssimas! E aquele cabelo? Não importava o que ele fazia se o deixava mais curto ou mais longo, sempre estava perfeito! E sem falar dos fanservices Frerard que eram tão reais. Eu o admirava tanto e era tão enlouquecida pelo mesmo!

Eu sempre o pedia de presente de natal, ou até mesmo quando minha mãe saía eventualmente pra comprar alguma coisa e perguntava: "Vai querer alguma coisa da rua?" e eu sempre respondia: "O Frank, mãe!". Até que no natal do ano de 2009 foi o último em que eu o pedi. Desde então ele constituía uma página virada na minha trajetória.


Quase três anos se passaram e cá estou. Agora Anthony ainda continua casado com a Jamia Nestor, e por sinal eles formam um casal muito lindo; ainda é guitarrista do MCR; tem pelo menos umas 8 tatuagens a mais; tem 3 filhos, o que realmente me pegou de surpresa e por incrível que pareça, envelheceu. Todos envelhecem afinal. E não estou dizendo que ele tornou-se um senil ou que esteja acabado, mas são notáveis as marcas da experiência em sua face. Ele continua com os traços doces e suaves, entretanto olho-o e vejo um homem, um profissional, um pai de família. Ele não é mais aquele guitarrista louco que tocava deitado no chão, aquele guitarrista que fazia as mais excêntricas maquiagens, aquele guitarrista magricela. Ele já não tem mais 24 anos, ele está próximo do seu 31º aniversário. É, o tempo voa! Já não é mais o menino que um dia me encantou..

Homophobia is gay ainda é fato, assim como o minha admiração e respeito pelo Frank também permanecem, só que fortalecidos. Felicidade sempre e que ele continue envelhecendo saudavelmente assim é o que eu o desejo. ♥

Trecho do livro "Memórias de uma gueixa", página 137


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"[...] Foi nesse momento que comecei a me dar conta de quanto fora ignorante - não apenas no planejamento da minha fuga, mas em tudo. Eu nunca entendera como as coisas estão estreitamente ligadas entre si. Não falo apenas do zodíaco. Nós humanos somos apenas parte de algo muito maior. Quando caminhamos podemos esmagar um besouro, ou simplesmente causar alguma agitação no ar, de modo que uma mosca pouse onde de outra forma não iria parar. E se pensarmos no mesmo exemplo, mas conosco em lugar do inseto, e com o universo no papel que nós tínhamos desempenhado, fica perfeitamente claro que todos os dias somos afetados por forças que não controlamos, assim como o pobre besouro não controla nosso gigantesco pé descendo sobre ele. O que devemos fazer? Temos de usar todos os métodos possíveis para entender o movimento do universo ao nosso redor e marcar nossas ações de modo a não lutarmos contras as correntes, mas movendo-nos com elas."

(Arthur Golden)