Archive for 2014

Melhores do ano de 2013


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Achei esta lista que fiz no ano passado e cá estou a postá-la.

- Livros
Melhor: Adeus, China - Li Cunxin
Mais surpreendente: E não sobrou nenhum - Agatha Christie
Mais emocionante: O Pequeno Príncipe me disse -

- Shows
Melhor: Scalene
Mais divertido: Playing for Change
Mais lindo: Filipe Catto
Mais surpreendente: Super Show 5
No que mais suei: The GazettE


- K-pop
Melhor álbum: Let's talk about love - Seungri
Melhor música:
Melhor MV: One shot - B.A.P/ Coup d'état - G-Dragon
Melhor comeback feminino: Hush - MissA
Melhor coreografia: This love - Shinhwa
Música mais grudenta: Gotta talk to U - Seungri EVER <3 p="">

Trecho do livro "A 5ª onda", página 32


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"[...] Estamos tão acostumados à eletricidade que, quando falta, não sabemos o que fazer. Assim, pulamos, gritamos ou começamos a tagarelar feito idiotas. Entramos em pânico. É como se alguém nos tivesse tirado o oxigênio. [...]"

(Rick Yancey)

Trecho do livro "A 5ª onda", página 31


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"É difícil planejar algo que vai acontecer no futuro, quando o que vai acontecer no futuro é algo que não se planejou."

(Rick Yancey)

Trecho do livro "Tambores de Angola", pág. 100-101


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"Umbanda. Um mistério envolve de tal forma essa manifestação religiosa que se torna difícil para o leigo saber sua origem e seu significado. Seus rituais tornaram-se tão misteriosos que os brasileiros, com o seu misticismo natural, foram explorados por aqueles que nenhum escrúpulo tinham em relação à fé alheia. Mas essa não é característica da umbanda. Por todo lugar onde há o sentimento religioso, manifestam-se pessoas inescrupulosas, que abusam da fé alheia. Protestantes, católicos, espíritas, espiritualistas, esotéricos e também umbandistas não estão livres do comércio e do abuso das almas alucinadas. Mas, no Brasil - essa terra abençoada, onde as pessoas preferem julgar antes e, talvez, conhecer depois -, a umbanda, por se manifestar, na maioria das vezes, para aqueles possuidores de uma alma mais simples, de uma fé menos exigente, que os torna vítimas dos pretensos sábios e donos da verdade, recebeu uma marca, um rótulo, que, aos poucos, somente aos poucos, vai-se desfazendo. Isso ocorreu também devido às manifestações de sectarismo religioso, antifraterno e anticristão de uma minoria, o que gerou o preconceito contra os rituais da umbanda, seu vocabulário, suas devoções."
(Robson Pinheio pelo espírito de Ângelo Inácio)

12 álbuns que marcaram a minha vida


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Tem circulado no facebook um joguinho para listarmos 12 álbuns que marcaram a nossa vida. Apesar de ninguém ter me marcado, achei super interessante e comecei a pensar sobre isso. Selecionei apenas aqueles que além de terem se feito presentes, hoje me remetem à algum momento ou fase. Muitas músicas me marcaram ao decorrer da vida, portanto foi grande o pesar de não ter colocado nesta lista álbuns de artistas como: My chemical romance, Darvin, Jota Quest, Keane, Maroon 5, SHINee, Big Bang, Blink 182, Yellowcard, Jay Vaquer, Mcfly, ... Foi difícil, acredito que teria sido mais fácil caso fossem músicas ao invés de álbuns (apesar de que seria impossível eleger apenas 12), mas eis a minha lista por ordem de aparecimento na minha vida:

As quatro estações (Sandy & Júnior)
Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo (Cássia Eller)
O essencial de Arnaldo Antunes (Arnaldo Antunes)
Rebelde (RBD)
Meteora (Linkin Park)
American Idiot (Green Day)
Simple Plan: MTV hard rock live (Simple Plan)
Korn (Korn)
Entrada para raros (O teatro mágico)
Redenção (Fresno)
The Used (The Used)
Dying is your latest fashion (Escape the fate)

bônus: Guitar Prodigy (Sungha Jung)

O 13º ainda não marcou pontualmente a minha vida, mas há um ano tem se feito presente e pouco a pouco tem me marcado, portanto tenho quase certeza daqui a alguns anos poderei dizer que ele têm grande significado para mim.


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"  tudo dito,
nada feito,
   fito e deito"

(Paulo Leminski)


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"  ano novo
anos buscando
    um ânimo novo"

(Paulo Leminski)


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" choveu
na carta que você mandou

  quem mandou?"

(Paulo Leminski)

Objeto sujeito


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" você nunca vai saber
quanto custa uma saudade
o peso agudo no peito
de carregar uma cidade
pelo lado de dentro
como fazer de um verso
um objeto sujeito
como passar do presente
para o pretérito perfeito
nunca saber direito

você nunca vai saber
o que vem depois de sábado
quem sabe um século
muito mais lindo e mais sábio
quem sabe apenas 
mais um domingo

você nunca vai saber
e isso é sabedoria
nada que valha a pena
a passagem pra pasárgada
xanadu ou shangrilá
quem sabe a chave
de um poema
e olha lá"
(Paulo Leminski)

Incenso fosse música


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" isso de querer
ser exatamente aquilo
  que a gente é
ainda vai
  nos levar além"

(Paulo Leminski)

Razão de ser


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" Esvrevo. E pronto.

Escrevo porque preciso,
  preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
  Escrevo porque amanhece,
e as estrelas lá no céu
  lembram letras no papel,
quando poema me anoitece.
  A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
  Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?"
(Paulo Leminski)

Pareça e desapareça


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" Parece que foi ontem.
Tudo parecia alguma coisa.
  O dia parecia noite.
E o vinho parecia rosas.
   Até parece mentira,
tudo parecia alguma coisa.
   O tempo parecia pouco,
e a gente se parecia muito.
   A dor, sobretudo,
parecia prazer.
   Parecer era tudo
que as coisas sabiam fazer.
   O próximo, eu mesmo.
Tão fácil ser semelhante,
   quando eu tinha um espelho
pra me servir de exemplo.
   Mas vice versa e vide a vida.
Nada se parece com nada.
  A fita não coincide
Com a tragédia encenada.
  Parece que foi ontem.
O resto, as próprias coisas contem."

(Paulo Leminski)

Sujeito indireto


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" Quem dera eu achasse um jeito
de fazer tudo perfeito,
  feito a coisa fosse o projeto
e tudo já nascesse satisfeito.
  Quem dera eu visse o outro lado,
o lado de lá, lado meio,
   onde o triângulo é quadrado
e o torto parece direito.
   Quem dera um ângulo reto.
Já começo a ficar cheio
   de não saber quando eu falto,
de ser, mim, indireto sujeito."

(Paulo Leminski)


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" o amor, esse sufoco,
agora há pouco era muito,
  agora, apenas um sopro

  ah, troço de louco,
corações trocando rosas,
  e socos"

(Paulo Leminski)

Bem no fundo


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" no fundo, no fundo,

bem lá no fundo,
  a gente gostaria
de ver nossos problemas
  resolvidos por decreto

  a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
  é considerada nula
e sobre ela - silêncio perpétuo

  extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
  lá pra trás não há nada,
e nada mais

  mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
  e aos domingos saem todos passear
o problema, sua senhora
  e outros pequenos probleminhas"
(Paulo Leminski)

Volta em aberto


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" Ambígua volta
em torno da ambígua ida,
  quantas ambigüidades
se pode cometer na vida?
  Quem parte leva um jeito
de quem traz a alma torta.
  Quem bate mais na porta?
Quem parte ou quem torna?"

(Paulo Leminski)

O que quer dizer


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para Haroldo de Campos, 
translato maximus
" O que quer dizer, diz.
Não fica fazendo
  o que, um dia, eu sempre fiz.
Não fica só querendo, querendo,
  coisa que eu nunca quis.
O que quer dizer, diz.
  Só se dizendo num outro
  o que, um dia, se disse,
um dia, vai ser feliz."
(Paulo Leminski)

Desencontrários


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"Mandei a palavra rimar,
ela não me obedeceu.
 Falou em mar, em céu, em rosa,
em grego, em silêncio, em prosa.
 Parecia fora de si,
a sílaba silenciosa.

 Mandei a frase sonhar,
e ela se foi num labirinto.
 Fazer poesia, eu sinto, apenas isso.
Dar ordens a um exército,
 para conquistar um império extinto."

(Paulo Leminski)


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"Eu, hoje, acordei mais cedo
e, azul, tive uma idéia clara.
 Só existe um segredo.
Tudo está na cara."

(Paulo Leminski)

O mínimo do máximo


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"Tempo lento,
espaço rápido,
 quanto mais penso,
menos capto.
 Se não pego isso
que me passa no íntimo,
 importa muito?
Rapto o ritmo.
 Espaçotempo ávido,
lento espaçodentro,
 quando me aproximo,
simplesmente me desfaço,
 apenas o mínimo
em matéria de máximo."

(Paulo Leminski)


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"Transar bem todas as ondas
a Papai do Céu pertence,
 fazer as luas redondas
ou me nascer paranaense.
 A nós, gente, só foi nada
essa maldita capacidade,
 transformar amor em nada."

(Paulo Leminski)

A lei do quão


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"De ocorrer em breve
uma brisa que leve
 um jeito de chuva
a última branca de neve.

 Até lá, observe-se
a mais estrita disciplina.
 A sombra máxima
pode vir da luz mínima."

(Paulo Leminski)

Trecho do livro "Memória póstumas de Brás Cubas", página 167


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"[...] o essencial é que lutes. Vida é luta. Vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal."

(Machado de Assis)

Trecho do livro "Memória póstumas de Brás Cubas", página 156


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"[...] Quincas Borba, porém, explicou-me que epidemias eram úteis à espécie, embora desastrosas para uma certa porção de indivíduos; fez-me notar que, por mais horrendo que fosse o espetáculo, havia uma vantagem de muito peso: a sobrevivência do maior número."

(Machado de Assis)

Poemeu da Última Hora


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I
Reversível

Enquanto foi, doeu, bateu,
Tudo ruindade.
Agora que passou - 
Ah, que saudade!
(Millôr Fernandes)

Versos (Encomendados) pra todas as Marias


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"Entre Maria e Maria,
Quem você escolheria?
- Amaria."]

(Millôr Fernandes)

Poeminha sem Muita Pressa


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"Num pisar que mal se ouve
Num passar que mal se vê
Tictactictactictactictac
Um dia leva você"

(Millôr Fernandes)

Os Canais (in) Competentes


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"É a mesa
(bureau)
Quem cria
A bureaucracia.
Eles dizem todo dia
É uma tirania:
Funcionários
Com seis formulários
Dez guias
Em várias vias
Atas
Em triplicatas
E registros anais
Às folhas tais
Soltam
Tostão a tostão
O gostoso poder
Que têm na mão
Sempre adiando a decisão
Pra próxima sessão
Perguntando sempre
Mais uma questão
Exigindo outra vez
Retrato 3 x 6
Firma reconhecida
Em tabelião
Folha corrida,
Atestado de filiação
E atestado
Que ateste a atestação.
Mas aos poucos se nota
Que a burocracia
- Nada idiota! -
Cede a vez:
Algumas coisas
Andam com mais rapidez.
Já se acabaram as discussões
De leis
Processos judiciais
E discussões formais
Que não traziam auxílio
À invasão
Do domicílio.
Sem falar que já eliminamos
A necessidade
Do latim
Na faculdade.
Ninguém mais se importa
Com palavras
De uma língua morta
De que até a intelligentsia
Andava farta:
Legem habemus,
Habeas corpus,
Conditio juri e
Magna carta."

(Millôr Fernandes)

Prova


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"Olha,
Entre um pingo e outro
A chuva não molha."

(Millôr Fernandes)

Trecho do livro "Memória póstumas de Brás Cubas", página 82


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"[...] Invenções há, que se transformam ou acabam; as mesmas instituições morrem; o relógio é definitivo e perpétuo."

(Machado de Assis)

Trecho do livro "Memórias póstumas de Brás Cubas", página 41


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[...]; preferi dormir, que é um modo interino de morrer."

(Machado de Assis)

Trecho do livro "Viagens na minha terra", página 31


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"Logo a nação mais feliz não é a mais rica."

(Almeida Garrett)

Trecho do livro "Viagens na minha terra", pág. 30-31


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"Não: plantai batatas, ó geração de vapor e de pó de pedra, macadamizai estradas, fazei caminhos de ferro, construí passarolas de Ícaro, para andar a qual mais depressa, estas horas contadas de uma vida toda material, maçuda e grossa como tendes feito esta que Deus nos deu tão diferente do que a que hoje vivemos. Andai, ganha-pães, andai; reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai. No fim de tudo isto, o que lucrou a espécie humana? Que há mais umas poucas de dúzias de homens ricos. E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcional, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico? - Que lho digam no Parlamento inglês, onde depois de tantas comissões de inquérito, já deve de andar orçado o número de almas que é preciso vender ao diabo, número de corpos que se têm de entregar antes do tempo ao cemitério para fazer um tecelão rico e fidalgo como Sir Roberto Peel, um mineiro, um banqueiro, um granjeeiro, seja o que for: cada homem rico, abastado, custa centos de infelizes, de miseráveis."

(Almeida Garrett)

Trecho do livro "Viagens na minha terra", página 27


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"[...] O mais moderno é o mais velho, não há dúvida; mas o antigo, que dura ainda, é porque tem achado na experiência a confirmação que o moderno não tem."

(Almeida Garrett)