Archive for novembro 2012

Trecho do livro "O nome da rosa", página 201


.

"Mesmo uma guerra santa é uma guerra. Por isso talvez não devesse haver guerras santas."

(Umberto Eco)

O último dançarino de Mao


.


No dia 22 de setembro, eu tomei coragem de finalmente assistir o filme “Mao’s last dancer” baseado na autobiografia homônima (Embora em português a mesma se chame Adeus China: O último bailarino de Mao) de Li CunXin. Eu ainda não tive a oportunidade de lê-lo, creio dessa maneira que minha análise não foi tão verossímil quanto tenho tentado fazer com as demais obras adaptadas para o mundo cinematográfico que tenho lido/visto.

Chi Cao não só dança magnificamente como também tem uma disciplina e leveza que encantam, além de um corpo estupendo. Não é como se eu tivesse algum conhecimento real sobre ballet embora já tenha feito ginástica rítmica desportiva quando mais nova, mas ainda assim, mesmo diante de olhos leigos é possível perceber a maestria, competência e profissionalismo. Não há muito que comentar da atuação, embora ela seja boa.

Enfim, é um bom filme que mostra um pouco a triste realidade chinesa na vigência do maoísmo - mesmo que esta seja nuançada pelo universo mágico da dança. Outro aspecto muito interessante é a luta de Li, muitas vezes contra si próprio para superar as amarras que lhe foram postas anteriormente, dando-nos assim um belo exemplo de esforço, superação e força de vontade.


.



"A ave sai do ovo. O ovo é o mundo. Quem quiser nascer tem que destruir um mundo."
(Herman Hesse)


.

"A beleza é o acordo entre o conteúdo e a forma."

(Henrik Ibsen)


.

"Toda beleza é imperfeitamente bela. Jamais deveria haver um padrão, pois toda beleza é exclusiva como um quadro de pintura, uma obra de arte."

(Augusto Cury)

Trecho do livro "O nome da rosa", página 85


.

"[...] iguais na variedade e variados na unidade, únicos na diversidade e diversos em sua apta coadunação [..]"

(Umberto Eco)

Trecho do livro "O nome da rosa", página 53


.

"Os homens de outrora eram grandes e belos (agora são crianças e anões), mas esse fato é apenas um dos muitos que testemunham a desventura de um mundo que vai envelhecendo. A juventude não quer aprender mais nada, a ciência está em decadência, o mundo inteiro caminha de cabeça para baixo, cegos conduzem outros cegos e os fazem precipitar-se nos abismos, os pássaros se lançam antes de alçar vôo, o asno toca lira, os bois dançam. Maria não ama mais a vida contemplativa e Marta não ama mais a vida ativa, Lia é estéril, Raquel tem olhos lúbricos, Catão frequenta os lupanares, Lucrécio vira mulher. Tudo está desviado do próprio caminho."

(Umberto Eco)