Trecho do livro "Tempo de esperas - o itinerário de um florescer humano", página 30


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"Meu caro Alfredo, tudo o que é belo tende a ser simples. Afirmação generalizante? Não sei. O que eu sei é que a beleza anda de braços dados com a simplicidade. Basta observar a lógica silenciosa que prevalece nos jardins. Vida que se ocupa de ser só o que é. Não há conflito nas bromélias, não há angústia nas rosas, nem ansiedades nos jasmins. Cumprem o destino de florirem ao seu tempo e de se despedirem de viço quando é chegada a hora. Não se prendem ao passageiro nem têm a pretensão de eternizar o que não nasceu par ser eterno. Não querem outra coisa senão a necessidade de cada instante. Não há desperdício de forças, nem há dispersão de energias. Tudo concorre para a realização do instante. De forma simples e original. "


(Pe. Fábio de Melo)

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