Trecho do livro "O Pequeno Filósofo", pág.86-87


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"[...]
- Guerra?
- Guerra, sim, menino. Você não sabe nada da vida. Guerra. As pessoas são falsas, mesquinhas. São monstros. É uma guerra em que os interesses falam muito forte. Cada um pensa em si mesmo. É como se vivêssemos em redomas. É parecido com esta estação. Acho que estou um pouco confuso.
- Eu entendo. O que não entendo é por que não fazemos nada para mudar. Por que nos acostumamos com o que não nos faz bem?
- Ah, menino! Como eu gostaria de acreditar que haverá um dia em que os interesses serão maiores pela essência do que pela aparência! Um dia em que os nossos sentimentos poderão ser convidados a conviver, sem disfarces, com os nossos outros convidados. Como eu gostaria de acreditar que haverá um dia em que a palavra essencial será o respeito! Isso mesmo, o respeito. O outro não será descartável. Nada de redomas, menino! Mas não sei se ainda consigo acreditar nessas coisas. [...]"

(Gabriel Chalita)

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